Nesta quarta-feira (26/02), diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região e trabalhadores da Filtros Fram realizaram uma assembleia para discutir medidas a serem tomadas diante de uma situação grave e inusitada que ocorre na fábrica da empresa, em Jarinu/SP.
Conforme constatado pelo sindicato, a Filtros Fram não está comprando matéria-prima e componentes essenciais para a manutenção das máquinas, o que tem inviabilizado todas as linhas de produção e provocado uma paralisação involuntária dos trabalhadores. Apesar de os salários estarem em dia, a falta de condições de trabalho tem gerado preocupação na categoria.
O problema se agrava ainda mais pelo fato de que, quando as máquinas quebram, a empresa tem deixado de consertá-las, mesmo quando os componentes necessários são de baixo custo. Há relatos de equipamentos parados há mais de 45 dias devido à ausência de reparos.
Outro ponto que chama atenção é que a demanda do mercado consumidor pelos produtos continua alta, e os atrasos na produção têm causado atritos com clientes. Apesar de todas as dificuldades, a direção da empresa na América Latina não tomou qualquer providência concreta, mesmo após reunião realizada com o sindicato no dia 28 de janeiro para tratar do tema.
Diante da inércia da administração regional, os trabalhadores e o sindicato decidiram, em assembleia, encaminhar uma carta-denúncia à matriz da Filtros Fram, nos Estados Unidos, com o objetivo de pressionar a empresa a tomar medidas efetivas para restabelecer a produção e garantir condições dignas de trabalho.
O sindicato segue acompanhando o caso de perto e manterá os trabalhadores informados.
