
No último dia 17 de junho, as centrais sindicais realizaram um ato conjunto em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, para reivindicar a redução da taxa básica de juros, a Selic, para reaquecer a economia, gerar empregos e valorizar quem trabalha.
No mesmo dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou o aumento da Selic de 14,75% para 15% ao ano, um contrassenso completo diante da realidade de milhares de brasileiros. A decisão consolida a posição do Brasil como segundo colocado no ranking mundial de maiores juros reais do planeta, atrás apenas da Turquia.
Isso significa que fica ainda mais caro tomar crédito, seja para investir num pequeno negócio, comprar máquinas, contratar ou produzir. Com o custo do capital tão alto, o investimento produtivo desaparece, as empresas travam contratações ou demitem, o consumo despenca e o empreendedor popular é sufocado, porque não consegue girar sua operação ou expandir sua atividade.
Enquanto isso, aqueles que vivem de aplicar dinheiro e lucrar com os juros altos, os rentistas, seguem ganhando sem produzir nada. O que está acontecendo é a manutenção de uma política monetária voltada para agradar o mercado financeiro, enquanto os trabalhadores, os pequenos empresários e a indústria nacional pagam a conta.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região se junta às vozes das centrais sindicais e de todos os brasileiros e brasileiras que acreditam no trabalho como motor do crescimento. É hora de exigir que o Banco Central olhe para o país real, aquele onde o trabalhador quer emprego, dignidade e futuro, a microempresa luta para sobreviver e o autônomo precisa de fôlego.
Defendemos uma política econômica que coloque o emprego, a renda e o desenvolvimento humano no centro das decisões, a redução imediata da Selic, a retomada do crédito popular e produtivo com juros acessíveis, e o fortalecimento da indústria nacional.
O Brasil tem tudo para crescer, mas com os juros mais altos do mundo, ninguém anda para frente. É hora de caminhar ao lado de quem constrói, produz e trabalha. Baixa a Selic já!