As convenções coletivas realizadas em 2024 foram determinantes para assegurar ganhos reais aos trabalhadores brasileiros. De acordo com o Relatório de Inflação do Banco Central, divulgado nesta quinta-feira, 25/09, mais de 80% das negociações coletivas realizadas até agosto deste ano conquistaram reajustes salariais acima da inflação, superando os 67% obtidos no mesmo período de 2023.
Esse avanço reforça o papel crucial dos sindicatos na luta por melhores salários e condições de trabalho. As convenções coletivas têm sido a principal ferramenta para garantir que os trabalhadores não percam poder de compra em meio à recuperação econômica. “As negociações estão rodando próximo de 5% de reajuste, um percentual que reflete a mobilização sindical e a pressão das categorias”, afirmou Diogo Abry Guillen, diretor de política econômica do Banco Central.
Além dos reajustes, o relatório destaca o aquecimento do mercado de trabalho formal, impulsionado em parte pela ação sindical nas negociações. A rotatividade no emprego e os pedidos de demissão estão em alta, um movimento típico de economias aquecidas, onde os trabalhadores se sentem mais confiantes em buscar oportunidades com melhores condições.
O impacto das convenções coletivas vai além dos reajustes salariais. Dados do Caged indicam que o tempo para recolocação no mercado de trabalho tem diminuído, com mais trabalhadores conseguindo novos empregos com carteira assinada em até dois meses após o desligamento. Esse dado mostra que, além de assegurar ganhos imediatos, as convenções coletivas contribuem para fortalecer o mercado de trabalho.
A atuação dos sindicatos em 2024 tem sido fundamental para que os trabalhadores não fiquem para trás, garantindo não apenas reajustes acima da inflação, mas também uma participação ativa nas transformações do mercado. As convenções coletivas seguem como um pilar essencial na defesa dos direitos e no fortalecimento da classe trabalhadora.